21 de maio de 2011

Relatório da II Discussão em Grupo de MCO3 em 2011.1: Doença Crônica e Espiritualidade


Nesta semana, no Módulo de Elaboração do Trabalho Científico e (MCO3), houve discussão em grupo, envolvendo toda a turma, sobre um artigo científico original, após leitura crítica prévia deste pelos alunos. Tratava-se, no artigo, do relato de um estudo transversal sobre a comparação de religiosidade/espiritualidade em pacientes com doenças crônicas e indivíduos sem este acometimento.

Iniciou-se a discussão às 7h00, concluindo-se às 8h45. Compareceram 98% dos 48 alunos matriculados. Houve tempo para a discussão do artigo até a seção de Métodos, e assim, os alunos que não tiveram oportunidade de participar presencialmente, enviaram seu comentário ou questionamento sobre as seções de Resultados, Discusssão ou sobre a Conclusão do artigo por e-mail posteriormente ao horário da aula.

A discussão teve início com Reginaldo, que comentou ser o título longo demais e sobre este incluir a expressão "qualidade de vida", que não era a variável primária do estudo. Ainda sobre o título, Mariana Galvão questionou se a abreviatura nele contida era necessária, uma vez que já se colocava o termo abreviado por extenso. Comentamos que não era essencial no título, e sim no resumo ou no corpo do trabalho, para que posteriormente à apresentação do termo por extenso, se passasse a usar apenas a abreviatura.

Ainda a respeito da abreviatura/sigla, Thaísa questionou se esta não deveria ter sido vertida para o português, pois a expressão na íntegra está escrita neste vernáculo, enquanto a sigla continua em inglês. Respondemos que siglas e abreviaturas já conhecidas e de intrumentos padronizados internacionalmente devem permanecer no idioma original, mesmo traduzindo-se a expressão que representam para o português. Nesse sentido, Sâmia opinou que se a sigla deveria estar mesmo em inglês, então a expressão que representava também deveria star em inglês. Então Ynaianna contestou que a expressão em inglês já estava contida no título em inglês do artigo, visto logo abaixo do título em português.

Roosevelt insistiu em discutir ainda o título do artigo, afirmando que poderia ser omitido a expressão "com e sem problemas crônicos", com o que concordamos, pois o título apresentou um efeito pouco estético com esta forma de redação. Poderia ter sido mudado para "com problemas crônicos", pois os pacientes sem problemas crônicos são o grupo controle. Eduardo Jorge questionou se o modelo do estudo não deveria estar incluído no título, ao que contestamos que é recomendável que assim ocorresse, mas não é uma norma, ou seja não é necessário que o modelo do estudo esteja sempre no título, sobretudo neste caso do artigo em análise, que já era longo.

Passou-se, então, a discutir o resumo do artigo. Eduardo Walter afirmou que dois títulos das seções do resumo estavam diferentes das do corpo do texto: "contexto" no resumo correspondendo a "Introdução" no artigo; "delineamento" no resumo" e "Metodologia" no texto. Nesse sentido, ressalta-se que "delineamento" é apenas uma das partes da "metodologia". Ainda sobre o resumo, Thaís comentou que, embora no "contexto" do resumo enfatize-se a abordagem de diferentes faixas etárias, este aspecto não é mencionado na Introdução do artigo. Thaísa observou que no texto deste também não se enfoca as diferenças na distribuição da variável primária em função do tipo de doença, e sim, apenas em relação à presença ou não de doença crônica. Portanto, há incoerências na formulação da questão especifica investigada, tanto na redação do resumo, quanto no próprio corpo do texto do artigo.


Danilo acessou a Medline na Internet e encontrou vários estudos sobre religiosidade em idosos, pretendendo contestar o que se afirma no artigo. Porém, neste assegura-se que não há estudos sobre religiosidade comparando pessoas doentes e saudáveis.


Isolina voltou ao resumo do artigo, pontuando que no resumo há o relato do número de sujeitos envolvidos no estudo, enquanto no corpo do texto este dado não foi registrado. O resumo deve conter a essência do artigo, e muitas vezes apresenta apenas os dados bem selecionados,sem maiores detalhes, que estarão presentes no texto do artigo, porém, não se observa o contrário, verifica-se um dado no resumo sem que este tenha sido relatado no artigo.

Maíra comentou que no resumo não há a expressão por extenso do que representa a sigla BDI, embora o resumo deva ser auto-explicativo, sem que se precise rescorrer ao texto para a obtenção de informações fundamentais do trabalho. Mencionou ainda Maíra,que o local do estudo não está registrado no resumo. Porém, este último dado pode ser omitido no resumo, ainda que seja necessário sua presença no artigo. Na mesma linha de pensamento, Ítalo comentou que no resumo não há referência ao período de realização do estudo.

Texto em Construção. Voltaremos depois.

Imagem ilustrativa da postagem: wendycadge.com