6 de dezembro de 2011

Seminários de MCO3 em 2011.2: Resumos e Interrogações


"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas."
(Confúcio)

Se a instrução é essencialmente uma busca de sentido, então, nosso objetivo deve ser o de fazer boas perguntas, sobretudo quando se trata de metodologia científica. Geralmente estamos preocupados em encontrar as respostas certas, mas a verdadeira chave do entendimento é encontrar as perguntas certas. Acima de tudo, a coisa mais importante na ciência é questionar.

Isaac Newton e Galileu Galilei, figuras vitais para a formação e consolidação do Método Científico e para a ciência moderna, fizeram isso melhor que ninguém. Nesse sentido, devemos estimular nossos alunos a formular perguntas a partir das quais podem desenvolver seu senso crítico em relação ao trabalho científico. Isto é que é aprender a pensar cientificamente.

Nesta postagem, apresentamos os objetivos dos cinco projetos de pesquisa apresentados no Módulo de Trabalho Científico e TCC (Módulo Complementar Obrigatório 3, MCO3) do Curso de Graduação em Medicina da UFPB, e as perguntas correspondentes feitas pela turma deste semestre 2011.2 nos seminários para apresentação e discussão dos projetos. As respostas foram buscadas pelos autores destes e pela professora do módulo durante as discussões, mas não serão registradas aqui. Queremos deixar patente a seguinte assertiva: Só se pode obter a resposta certa formulando a pergunta certa. E que perguntas são as certas? Há perguntas erradas?

Com esta postagem me despeço agora do módulo de MCO3 ao qual dediquei os quatro últimos períodos letivos (2010.1, 2010.2, 2011.1 e 2011.2) e que foi extremamente estimulante para mim enquanto docente-aprendiz. Espero que tenha sido motivador também para os 207 estudantes de Medicina que passaram pelo módulo nesses semestres.

I Seminário de MCO3 em 2011.2

Projeto 1: “Avaliação do conhecimento sobre HIV/Aids em idosos usuários do SUS em João Pessoa, PB, Brasil.

Autores: Rafaela Marçal, Rovany Couto, Carlos Thiago, Jonathas Abimael, Ricardo Coimbra, Wellington Martins, Lucas Nascimento, Luciano Gomes, Felipe Caio e Isabel Sepúlveda.

Apresentação do Projeto
Introdução
- Lucas: Conceito, epidemiologia, envelhecimento populacional, tendência ao aumento da incidência de Aids em idosos, dados do Ministério da Saúde, diagnóstico de Aids no idoso.
- Isabel: Trabalhos anteriores sobre o tema, prevalência de Aids em idosos em Campina Grande – PB, lacunas na literatura, problema de pesquisa, objetivos.
Objetivos: Avaliar os conhecimentos sobre HIV/Aids por idosos usuários do sistema de saúde pública de João Pessoa-PB.
Metodologia
- Carlos Tiago: Modelo do estudo, local da pesquisa, amostra, tamanho da amostra, técnica de amostragem, coleta de dados, instrumento.
- Jônatas: Critérios de exclusão, descrição das variáveis, análise estatística, aspectos éticos.
Cronograma – Rafaela

Discussão: Questionamentos, Sugestões e Comentários
- Gustavo Moura: A amostragem por conveniência compromete a validade do estudo?
- Samir: Delineou-se como objetivo de avaliar idosos de João Pessoa, mas o recrutamento dos sujeitos será feito apenas no hospital universitário e em quatro postos do Programa Saúde da Família da cidade. Pode-se fazer a generalização dos resultados para toda a cidade?
- Wellington: Qual a viabilidade técnica do projeto de pesquisa? Será feita uma proporcionalidade entre homens e mulheres?
- José Bezerra: Serão recrutados também idosos de outras cidades da Paraíba, não apenas de João Pessoa; sendo assim o título não estaria incompatível com a amostra?
- Rebeca: A inclusão de sujeitos de fora da cidade de João Pessoa não tornaria a amostra mais representativa?
- Angélica: Sugestão – Inserção do critério de inclusão de pacientes residentes em João Pessoa.
- Janaíra: Sugestão – Inclusão de pacientes não usuários do hospital universitário e de unidades básicas de saúde.
- Fernando: Sugestão – Poder-se-ia solicitar a contribuição de agentes comunitários de saúde no recrutamento dos pacientes.
- Renan: Dúvidas sobre o orçamento.
- Thereza: Uma revisão bibliográfica mais ampla possibilitaria o encontro de novas evidências sobre o problema no Brasil.
- Arthur: Quais os resultados esperados?
- Rovany: Espera-se que a escolaridade se relacione com o nível de conhecimento sobre a doença e com o maior incidência desta.
- Arimatéia: Qual a contribuição do projeto em relação a outros estudos já realizados sobre o problema?
- Luan: Qual as limitações relacionadas ao modelo do estudo?
- Roberta: O questionário a ser aplicado é brasileiro? Houve modificações desse instrumento para a pesquisa?
- Pedro: Será realizado pré-teste ou teste-piloto?
- Camila: O termo “condom” em um dos itens do questionário não seria acessível ao entendimento dos pacientes?
- André: É preciso que haja um ajuste do ponto de corte do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) em sujeitos analfabetos?
- Maria Yvone: No questionário apresentado solicita-se que o respondente marque com X as alternativas. Isso será lido para que eles entendam ou será auto-administrado?
- Alexandre: Quem fará a coleta dos dados? Haverá treinamento para os pesquisadores?
- Agláia: O questionário precisará ser modificado, pois um dos itens inclui a pergunta sobre o hábito de compartilhar chimarrão, cujo uso praticamente inexiste aqui na Paraíba.
- Cícero: Haverá elevada possibilidade de vieses de informação, uma vez que as perguntas relacionam-se com temas de natureza íntima e que podem limitar a expressão dos idosos.
- Renata: Porque será empregado o MEEM?
- Daniela: Não foi apresentado o escore do MEEM para definir o critério de exclusão baseado nesse instrumento na seção de metodologia do projeto.
- Alex: Como será definido o ponto de corte do MEEM?
- Marcus Jussier: Por que não são feitas campanhas sobre Aids para informação da população idosa, como foi mencionado na introdução do projeto?
- Natália: No corrente ano a prioridade foi de atingir jovens de baixa renda com as campanhas de saúde pública em relação à Aids. Atualmente, a tendência é usar a expressão “situação de risco” em substituição a “comportamento de risco”.
- Marcela: Pode haver um viés sociológico nessa falta de campanhas para esclarecimento da população idosa sobre a Aids.
- Maria Edilma: O preconceito em relação à sexualidade e à transmissão sexual do vírus também seria um fator relacionado ao aumento da incidência da Aids entre idosos?
- Fabiana: Na análise estatística, deveriam ter sido usados outros termos ao invés de variável dependente e variável independente, uma vez que o estudo é de modelo transversal.
- Gustavo Nunes: Os colegas autores do projeto dominam o uso do programa estatístico SPSS, que será usado na analise dos dados?
- Marcos Martins: Gostaria de entender um dos gráficos de incidência de Aids na população, com queda do número de casos nos anos de 2003 e 2004. Teria sido motivado por subnotificação ou teria algum fator epidemiológico relacionado com esta diminuição na incidência?
- Alyane: Não teria sido importante definir, além da Aids (doença estabelecida), como foi feito, também o que significa ser portador do vírus HIV?
- Mariani: O que os colegas autores do projeto esparam como contribuição à sociedade com a realização do estudo?
- Felipe Serrano: Sugestão – O título pareceu muito longo, poderia ser reduzido.
- Laís: O item do questionário “você conhece alguma pessoa que seja portadora do vírus da Aids?” apresenta valor em relação aos objetivos da pesquisa? Qual é a acurácia do questionário em relação ao objeto da pesquisa?
- Tâmara: Também em relação ao questionário, pergunta-se neste se o idoso usa camisinha, mas não há um item com o questionamento da existência de vida sexual ativa; assim, os resultados poderão conter o viés de que o sujeito não usa camisinha porque não tem oportunidade de fazê-lo e não porque não pratica esta medida preventiva.
- Priscila: Os resultados deste estudo poderão ter como implicação prática a verificação da necessidade de se realizarem campanhas para informar melhor a população-alvo da pesquisa sobre a prevenção da Aids.
- Larissa: Por que não incluir na pesquisa sujeitos de todas as idades, comparando as respostas dos idosos com os pacientes adultos não idosos?

II Seminário de MCO3 em 2011.2

Projeto 2: “Estudo Epidemiológico das Formas de Apresentação Clínica da Psoríase”

Autores: Roberta Ismael, Milson Gomes, Marcos Martins, Maria Yvone, Renata Vieira, Pedro Thiago, Natalia Maia, Luan Martins e Arimatéia Rodrigues.

Apresentação do Projeto
Introdução: Milson e Natália – Conceituação de Psoríase, características clínicas, epidemiologia, patogenia, formas de apresentação, aspectos psicológicos, patogenia, diagnóstico.
Objetivos (Natália): Avaliar as formas clínicas de psoríase de maior prevalência entre os pacientes atendidos no Ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Metodologia: Marcos Martins e Luan – Período da pesquisa, população-alvo, modelo do estudo, variáveis, definição operacional dos termos, critérios de elegibilidade, amostra, análise dos dados.
Plano de Trabalho, Orçamento, Cronograma e Referências: Maria Yvone.

Discussão: Questionamentos, Sugestões e Comentários
- Samir: Necessidade de ajuste no cronograma para adequação ao período de coleta de dados ambulatorial.
- Cícero: Os critérios de exclusão incluirão diagnóstico clínico e histopatológico? Sempre será feito exame anatomopatológico?
- Carlos: Não seria mais adequado o estudo de modelo caso-controle para esse tipo de pesquisa?
- Mariani: É apropriado o emprego de referências de livros, como foi feito na introdução do projeto?
- Isabel: A apresentação das referências não está compatível coma as normas ABNT nem com as da Vancouver.
- Camila: Comentário - Não foi mencionado o cálculo do tamanho da amostra na apresentação do projeto.
- Lais Leilane: Há estudos anteriores publicados sobre a prevalência da psoríase no Brasil?
- Fabiana: Não houve um equívoco um equívoco em se colocar a forma clínica como variável dependente?
- Janaíra: A definição do grupo etário da amostra foi baseada em estudo prévio ou foi arbitrária?
- Rovany: Qual a importância de se definirem características ambientais dos pacientes se a doença é de natureza genética?
- Felipe Caio: É possível avaliar a prevalência da doença no Estado da Paraíba a partir do plano de amostragem preconizado?
- Alex: Os resultados esperados foram apresentados como se faz para um projeto de extensão e não de pesquisa.
- José Bezerra: Pode-se afirmar que o estudo é epidemiológico se este não é de base populacional?
- Angélica: O cronograma prevê a coleta de dados entre 2011 e 2013, por que não se faz, então, um estudo prospectivo, ao invés de retrospectivo, como foi anunciado?
- Marcella: Os pacientes serão avaliados mais de uma vez no decurso da pesquisa?
- Gustavo: Comentário - O título do projeto deveria ser mais preciso.
- Arthur: Comentário - Parece curioso o fato de não existirem estudos prévios no Brasil avaliando a prevalência da doença.
- Ricardo: Comentário - O título é inadequado, sobretudo por não conter o local da pesquisa.
- Jônatas: A metodologia da investigação foi adequadamente descrita para permitir a execução do projeto por outro grupo de pesquisa?
- Larissa: A população foi descrita como pacientes atendidos no ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário. Esta não seria a amostra do estudo?
- Laís: Este projeto a ser executado poderia fundamentar estudos de coorte futuros?
- Felipe Serrano: Houve provável erro de digitação, ao ser mencionado que seriam pesquisados seis localizações corporais da doença, embora no instrumento de coleta de dados tenham sido citados sete.
- Rebeca: O instrumento de coleta de dados foi elaborado pelos autores ou já existia, em estudo publicado na literatura? Se foi elaborado pelos autores, será submetido a um pré-teste?
- Tâmara: Os resultados esperados foram redigidos de forma imprecisa (“contribuir para identificar as necessidades inerentes ao perfil dos pesquisados”) e deveriam ser reformulados.
- Fernando: Justifica-se logicamente o intervalo previsto no cronograma entre os meses de dezembro e abril no que se refere à revisão bibliográfica?
- Agláia: Como os dados obtidos no último item do formulário e designado de “observações” serão registrados e analisados? Estes dados serão registrados de maneira uniforme entre os pesquisadores que coletarão os dados?

III Seminário de MCO3 em 2011.2

Projeto 3: Estudo Epidemiológico de Casos de Parkinsonismo Familiar na Cidade de João Pessoa, Paraíba.
Autores: Laíse Monteiro, Alex Tiburtino, Tâmara Lobato, Marcella Figueirêdo, José Bezerra, Felipe Serrano, Marcus Jussier, Adalberto Vieira, Fernando Crisanto, Maria Edilma.

Apresentação do Projeto
Introdução
- Marcus Jussier: Conceito, epidemiologia, etiologia e fisiopatologia
- Maria Edilma: Quadro clínico, diagnóstico e tratamento
Objetivos (Alex): Avaliar a prevalência da doença de Parkinson familiar na cidade de João Pessoa-PB.
Metodologia
- Adalberto: Modelo do estudo, população e amostra, tamanho da amostra, critérios de elegibilidade, coleta de dados, variáveis primárias e secundárias.
- Alex: Análise estatística e considerações éticas
Cronograma, Orçamento e Anexos - Fernando

Discussão: Questionamentos, Sugestões e Comentários
- Daniela: Qual a finalidade de incluir nos anexos um quadro com a exposição dos genes relacionados à doença de Parkinson familiar?
- Janaíra: O cronograma incluiu as férias, um aspecto que geralmente não é explicitado nos cronogramas de projetos de pesquisa.
- Fabiana: Por que se denominou o recrutamento de “busca ativa”, uma vez que os pacientes serão incluídos no estudo a partir de demanda espontânea do ambulatório de distúrbios do movimento?
- Alexandre: Serão inevitavelmente incluídos no estudo sujeitos procedentes de outras cidades e que são encaminhados ao hospital universitário. Assim, por que no título e nos objetivos do projeto foi mencionada a cidade de João Pessoa como local do estudo?
- Cícero: Por que não foi incluído o teste piloto no cronograma da pesquisa?
- Mariani: O instrumento será respondido pelo paciente ou cuidador de forma auto-administrada?
- Samir: Sugestão – Deveria ser adicionado como critério de exclusão os pacientes não residentes na cidade de João Pessoa.
- Rovany: O cuidador que vai responder aos itens do formulário devem ter um contato próximo com o paciente? Um acompanhante que não seja cuidador pode responder às questões do instrumento de coleta de dados?
- Rebeca: O questionário/formulário foi elaborado pelos autores do projeto?
- Felipe Caio: Existe estudo anterior semelhante realizado na Paraíba?
- Gustavo: Como será determinada a capacidade cognitiva do paciente para avaliar de forma objetiva se ele tem condições de responder às perguntas?
- Thereza: A triagem para exclusão de outras síndromes parkinsonianas será realizada por médicos não especialistas quando os pacientes forem encaminhados de outras clínicas?
- Lucas: Como será feito o heredograma se os pacientes forem idosos ou já tiverem disfunção cognitiva, considerando a possibilidade de viés de memória em relação às gerações anteriores?
- Thereza, de novo: Quantas gerações serão consideradas no heredograma para se determinar casos de doença de Parkinson familiar?
- Camila: Sugestão – Alguns pacientes podem não saber responder determinadas perguntas contidas no formulário e a revisão documental dos prontuários poderia ser incluída na metodologia também.
- Luan: O questionário/formulário a ser aplicado é adequado em relação aos objetivos do estudo?
- Arthur: Qual será a contribuição do estudo?
- Laís: Sugestão – Ao invés de intervalo de confiança de 5%, como foi apresentado na análise estatística a ser empregada, deveria ser usada a expressão nível de significância. O intervalo de confiança é de 95%.
- Luciano: Os alunos pesquisadores serão treinados antes da coleta dos dados?
- Angélica: Comentário - A forma de redação do objetivo está inadequada, pois “fazer levantamento de casos da doença...” não constitui objetivo apropriado para projeto de pesquisa.
- Marcos Martins: Qual será a magnitude do viés de informação considerando que alguns casos de distúrbios do movimento na família não têm diagnóstico médico estabelecido?
- Carlos: Existem bancos de dados do Ministério da Saúde ou Datasus mostrando a prevalência da doença de Parkinson familiar no Brasil?
- Agláia: Além do possível viés de informação, não há elevada possibilidade de viés de memória também?
- Jônatas: Como será feita a análise estatística?
- Jônatas, de novo: Por que foi enfocado o tratamento na revisão da literatura se a pesquisa não tem o objetivo de avaliar aspectos terapêuticos?
- Roberta: O questionário é semi-estruturado. Como será feita a nálise dos dados resultantes das questões abertas?
- Isabel: Os estudantes pesquisadores não deveriam realizar treinamento com geneticista para aprender a elaborar um heredograma?
- Wellington: Sugestão – As siglas DP e DPF, que aparecem na apresentação da introdução do projeto, deveriam ser colocadas por extenso, seguidas das abreviaturas entre parênteses, na primeira vez que em que aparecem no texto.
- José de Arimatéia: Por que não aplicar um formulário com questões fechadas uma vez que essa medida tornaria mais fácil a análise estatística?
- Ricardo: Comentário e sugestão – O número de variáveis secundárias pareceu excessivo. Deveria ser reduzido às variáveis essenciais à obtenção da resposta ao problema de pesquisa.
- Maria Yvone: Comentário – O cronograma deveria ser revisto, pois o período reservado para elaboração do instrumento de coleta de dados coincidiu com o de submissão do Projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa.
- Pedro: Que particularidades apresenta a Doença de Parkinson Familiar em relação à Doença de Parkinson em que não se detectam antecedentes familiares?
- Renata: A elaboração de um questionário fechado não seria mais adequado para a coleta dos dados dos sujeitos a serem avaliados?
- Natália: Há necessidade de menção a que bases de dados serão pesquisadas para a revisão da literatura em um projeto como o que foi apresentado?
- Priscila: Por que não foi abordada a importância dos fatores ambientais para o desenvolvimento da doença na revisão da literatura, se tais fatores serão investigados no projeto de pesquisa?

IV Seminário de MCO3 em 2011.2

Projeto 4: Evolução clínica de pacientes com leucemia mielóide aguda em um hospital de referência de João Pessoa - PB
Autores: Alyane Barros, Camilla Correia, Daniella Valença, Larissa do Vale, Mariani Herculano, Rebeca Bezerra, Priscila Jaruzo e Alexandre Augusto.

Apresentação do Projeto
IntroduçãoDaniela: Conceito, classificação, epidemiologia, patogenia, quadro clínico, etiologia.
Camila: Tratamento, remissão, refratariedade, recidiva, cura. Justificativa. Objetivos.
Objetivos: Avaliar os desfechos clínicos de pacientes com diagnóstico de leucemia mielóide aguda (LMA) no ano de 2006 no Hospital Napoleão Laureano
Metodologia
Mariani: Tipo de estudo, local e período, amostra, critérios de elegibilidade, variáveis.
Priscila: Procedimento de coleta de dados, análise estatística, considerações éticas.
Cronograma e Orçamento: Alyane.

Discussão: Questionamentos, Sugestões e Comentários
- Natália: Comentário – Houve um erro na apresentação dos exames, incluindo-se os bastões de Auer como parte do hemograma.
- Gustavo: Será obtida uma amostra representativa recrutando-se apenas os pacientes com LMA atendidos no serviço no ano de 2006?
- Marcus Jussier: Por que será feita a coleta de dados no período de cinco anos a partir do ano de 2006? Que fundamento foi empregado para definir este período?
- Marcella: Por que não se coletam os dados de evolução de mais de cinco anos e assim avalia-se também a cura dos pacientes?
- Janaíra: Por que serão incluídos apenas pacientes residentes em João Pessoa?
- Felipe: Quanto de falta de preenchimento dos prontuários será considerado para se alcançar o critério de exclusão de casos por esta razão?
- Maria Edilma: Abandono de tratamento será critério de exclusão?
- Rovany: Serão considerados os óbitos decorrentes da LMA ou por outras causas?
- Agláia: No casos de óbitos, em que a família do paciente será contactada, será necessário assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelo familiar que prestar informações?
- Renan: O uso de números de telefone dos pacientes atendidos registrados nos prontuários pelos pesquisadores é considerado ético?
- Roberta: Como será avaliado o subtipo da LMA?
- André: Por que não se indicaram os período e as bases de dados que foram pesquisados na revisão da literatura?
- Cícero: Comentário – Embora se tenha afirmado que não seria feita análise estatística inferencial, mencionou-se o emprego do teste qui-quadrado, que é inferencial.
- Luan: Que critérios são adotados no Hospital Napoleão Laureano para definição do tipo de LMA?
- Isabel: Por que não serão incluídos os pacientes atendidos no ano de 2007 na pesquisa, com consequente aumento do tamanho da amostra e do tempo de seguimento?
- Laís: Serão incluídos os pacientes que receberam o diagnóstico de LMA ou apenas o que já iniciaram tratamento?
- Wellington: Comentário – É mais adequado denominar as variáveis de primárias e secundárias, uma vez que se trata de um estudo transversal e portanto, que não permite inferências de causalidade que estão implícitas nos termos variável dependente/independente.
- Luciano: Qual é o tratamento padrão para LMA? Este tratamento é usado no hospital onde se realizará a pesquisa? No ano de 2006, o tratamento era o mesmo que se preconiza atualmente?
- Rafaela: Por que serão incluídos apenas pacientes adultos, se a LMA é mais frequente em crianças e adolescentes?
- José Bezerra: Serão excluídos os pacientes que receberam diagnóstico no final de 2006 e que ainda não iniciaram tratamento?
- Fernando: Por que será feita uma revisão de cinco anos de evolução, se não será invertigado o desfecho “cura”?
- Alex: Por que não incluir pacientes atendidos antes do ano de 2006?
- Laíse: Será realmente atualizada a referência do Manual do Instituto do Câncer em relação ao tratamento, já que aquela é de 2003?
- Arthur: Por que foi usado o símbolo da Aids na apresentação dos diapositivos sobre LMA?
- Pedro: Não deveria ter sido mencionado que a pesquisa será retrospectiva e de revisão documental, ao invés de apenas como modelo observacional e transversal?
- Jônatas: Um estudo descritivo do tipo série de casos é adequado para determinar o desfecho dos pacientes?
- Thereza: É apropriado incluir a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa no cronograma?
- Carlos: Não seria mais adequado um estudo de coorte para investigação de evolução clínica?
- Felipe Serrano: Comentário - O cronograma parece incompatível com as despesas que serão realizadas.
- José de Arimatéia: Por que não será feita uma revisão dos prontuários de dois anos a partir do início do tratamento, uma vez que se trata de uma doença de evolução aguda?
- Milson: Por que foi usada a expressão grupo racial ao invés de simplesmente cor?
- Fabiana: Por que não usar o Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponível na Secretaria de Saúde, para verificar a ocorrência e a causa dos óbitos dos pacientes incluídos no estudo?

V Seminário de MCO3 em 2011.2

Projeto 5: Qualidade de vida de crianças e adolescentes com doença falciforme em João Pessoa-PB
Autores: Agláia Moreira, André Augusto, Angélica Lira, Artur Cavalcanti, Cícero Faustino, Fabiana Flávia, Gustavo Nunes, Janaíra Godeia, Laís Araújo e Thereza Cavalcanti.

Apresentação do projeto
Introdução
- André: Conceito, epidemiologia, fisiopatologia e quadro clínica da doença falciforme; conceito de qualidade de vida, qualidade de vida na doença crônica e estudos prévios.
- Janaíra: Justificativa, objetivos
Objetivo (Janaíra): Avaliar a qualidade de vida (QV) em crianças e adolescentes com doença falciforme em tratamento em dois serviços de referência pública em João Pessoa-PB
Metodologia
- Janaíra: Locais do estudo, período, desenho, amostragem, cálculo da amostra, seleção de pacientes.
- Agláia: Critérios de inclusão e exclusão, variáveis primárias e secundárias, procedimento de coleta de dados, instrumento, análise dos dados e aspectos éticos.
Orçamento, cronograma, apêndices e anexos – Thereza.

Discussão: Questionamentos, Sugestões e Comentários
- Alyane: Por que serão incluídos pacientes na faixa etária acima de oito anos e não crianças menores também?
- Laíse: Por que entre os objetivos específicos da pesquisa está caracterizar socio-demograficamente a amostra, enquanto nos critérios de exclusão serão considerados pacientes residentes fora de João Pessoa?
- Felipe Serrano: Comentário – No instrumento para caracterização demográfica da amostra não figura o item procedência.
- Roberta: Por que não será estudado também um grupo controle, com pacientes sem doença falciforme?
- Larissa: Se serão incluídos consecutivamente os primeiros 45 pacientes a serem atendidos nos ambulatórios de hematologia dos sois serviços de referência, não haverá um recrutamento proporcionalmente maior de pacientes com anemia falciforme, em detrimento de pacientes com traço falciforme?
- Alex: Qual será o parâmetro para o cálculo do tamanho da amostra? A prevalência da doença falciforme ou a diferença em QV entre pacientes com anemia falciforme e com traço falciforme?
- Samir: Como será contabilizado o escore nos itens do questionário de QV quando houver necessidade de transformação em escala linear inversa?
- Pedro: Qual foi a motivação inicial para a execução da pesquisa?
- Rovany: Será feita uma análise da QV em função da renda dos pacientes?
- Adalberto: Por que não implementar uma amostragem aleatória ao invés de amostragem por conveniência?
- Marcos Martins: Qual o grau de dificuldade previsto para aplicação do questionário de QV em crianças escolares?
- Marcella: Será realizado um teste-piloto antes da coleta de dados propriamente dita?
- Camila: Qual é a idade que será considerada como limite entre criança e adolescente?
- Fernando: Como serão definidos operacionalmente os casos de déficit cognitivo uma vez que um dos critérios de exclusão refere-se a esta disfunção?
- Maria Yvone: Crianças não alfabetizadas serão excluídas também?
- Daniela: Comentário – A própria doença pode afetar a escolaridade dos pacientes da pesquisa.
- José de Arimatéia: Será considerado o uso crônico de opióides pelos pacientes na avaliação dos dados?
- Priscila: Crianças com traço falciforme serão acompanhadas ambulatorialmente?
- Tâmara: Comentário – Mencionou-se que o comitê de ética em pesquisa é do Centro de Ciências Médicas, mas na verdade na UFPB só existem os comitês do hospital universitário e do Centro de Ciências Médicas.
- Maria Edilma: Como será definido o critério de exclusão designado como incapacidade física?
- Adalberto: Serão excluídas as crianças que se encontram em agudização?
- José Bezerra: Não serão incluídas pacientes em acompanhamento, mesmo que não estejam em tratamento? Crianças com traço falciforme podem não se encontrar em tratamento medicamentoso e, nesse caso, não seria melhor considerar crianças em acompanhamento e não apenas em tratamento?
- Alexandre: Comentário – O orçamento está com a soma incorreta dos itens contidos nas linhas do quadro.
- Felipe Caio: Se a presença de outra doença crônica é critério de exclusão, qual a razão para o item onde se registrará a presença de comorbidade ao final do formulário elaborado pelos autores do projeto?
- Marcus Jussier: Pacientes com complicações da anemia falciforme, como acidente vascular encefálico embólico, serão excluídos da pesquisa?
- Luciano: O que é qualidade de vida? Não é uma expressão muito abrangente para ser focalizada em uma pesquisa científica?
- Isabel: De acordo com outros estudos, quais os resultados esperados?
- Luan: Por que será usado o teste t de Student e não o teste qui-quadrado? Se é um estudo descritivo, será necessário fazer análise inferencial?
- Gustavo: Comentário - O tempo de coleta de dados (cinco meses) parece muito pequeno no cronograma, em relação á duração total do trabalho (14 meses).
- Carlos: A variável primária será o diagnóstico de anemia falciforme ou de traço falcêmico?
- Jônatas: As variáveis primárias não deveriam ser o diagnóstico de anemia falciforme e de traço falcêmico, ao invés de doença falciforme?
- Renata: Que critério diagnóstico de anemia falciforme será considerado para o estudo?
- Natália: Os diagnósticos de anemia falciforme e de traço falciforme não deveriam figurar com variáveis secundárias?
- Wellington: A condição de complicação aguda nos últimos três meses como critério de exclusão será determinada pelo médico hematologista do serviço?

Fonte da figura: edwardboches.com